Prof. Michel Vicentine - Educador Musical

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sexta-feira, 8 de julho de 2011

“O papel da educação musical na melhoria do ambiente sonoro.” Paisagens Low-fi e Hi-fi





Quando relacionamos os sentidos sobre o aspecto de exposição e captação em uma perspectiva de análise sobre a maneira de vida moderna entendemos que a visão ocupa papel de destaque entre os sentidos. A audição fica em segundo plano, onde uma paisagem sonora densa em ostinatos constantes distancia nosso entendimento e análise sobre o espaço sonoro em que estamos inseridos.
A percepção sonora traz como capacidade a multidirecionalidade, o que a visão não é capaz de produzir. A presença corporal em um determinado espaço é fortemente influenciada pela apreensão da sonoridade que o envolve, sendo envolvido de forma mais imediata do que a percepção visual. A percepção sonora é capaz de produzir, além de seus atributos relacionados à escuta através dos mecanismos tradicionais, a perspectiva de percepção tátil, onde somos atingidos e modificados através das ondas da produção sonora, assim, a percepção que temos de um determinado espaço está intimamente e diretamente ligada ao ambiente sonoro que nos envolve em determinado instante.
A educação musical deve avaliar as condições de nossos espaços sonoros em uma busca constante pela compreensão da relação presente entre a produção sonora, o som e o silêncio. Em muitas culturas tradicionais o silêncio é percebido como complemento do som, sem o qual não existiria. Se analisarmos pela perspectiva dos centros urbanizados, a percepção e produção do silencio é quase nula, o que pode prejudicar nossa saúde fisiológica e psicológica. Para um real entendimento sobre os aspectos de produção sonora e silencia, podemos em ato de análise inserir um corpo perceptível em dois espaços sonoros diferentes: O ambiente Low-fi e o Hi-fi. Segundo Murray Schafer, um educador musical canadense, a paisagem sonora do campo, o ambiente Hi-Fi é mais silencioso e a percepção dos contrastes sonoros é diferenciado. Já o ambiente Low-Fi, onde pode ser exemplificado como a paisagem sonora de uma cidade os sons, mais densos, se fundem transformando uma massa sonora indefinida, um ostinato, zumbido constante onde passamos despercebidos em muitas situações.
A música educa e sua essência todos os sentidos corpóreos trazendo uma organização psicomotora, o que é elemento fundamental para qualquer processo educativo. Na modernidade o ambiente sonoro é fortemente modificado e criado pelo homem, da mesma forma que altera outras áreas de produção, mas é necessário um re-pensar sobre a educação dos sentidos tem tema a funcionalidade de desenvolver uma consciência sonora geral, modificando a relação da sociedade como o a paisagem sonora que produz, e possibilitando a relação entre a escuta e a produção tecnológica.

Referências Bibliográficas:


Schaffer, Murray, A AFINAÇÂO DO MUNDO, São Paulo – SP, UNESP, 2001

“O papel da educação musical na melhoria do ambiente sonoro.”
Paisagens Low-fi e Hi-fi


Quando relacionamos os sentidos sobre o aspecto de exposição e captação em uma perspectiva de análise sobre a maneira de vida moderna entendemos que a visão ocupa papel de destaque entre os sentidos. A audição fica em segundo plano, onde uma paisagem sonora densa em ostinatos constantes distancia nosso entendimento e análise sobre o espaço sonoro em que estamos inseridos.
A percepção sonora traz como capacidade a multidirecionalidade, o que a visão não é capaz de produzir. A presença corporal em um determinado espaço é fortemente influenciada pela apreensão da sonoridade que o envolve, sendo envolvido de forma mais imediata do que a percepção visual. A percepção sonora é capaz de produzir, além de seus atributos relacionados à escuta através dos mecanismos tradicionais, a perspectiva de percepção tátil, onde somos atingidos e modificados através das ondas da produção sonora, assim, a percepção que temos de um determinado espaço está intimamente e diretamente ligada ao ambiente sonoro que nos envolve em determinado instante.
A educação musical deve avaliar as condições de nossos espaços sonoros em uma busca constante pela compreensão da relação presente entre a produção sonora, o som e o silêncio. Em muitas culturas tradicionais o silêncio é percebido como complemento do som, sem o qual não existiria. Se analisarmos pela perspectiva dos centros urbanizados, a percepção e produção do silencio é quase nula, o que pode prejudicar nossa saúde fisiológica e psicológica. Para um real entendimento sobre os aspectos de produção sonora e silencia, podemos em ato de análise inserir um corpo perceptível em dois espaços sonoros diferentes: O ambiente Low-fi e o Hi-fi. Segundo Murray Schafer, um educador musical canadense, a paisagem sonora do campo, o ambiente Hi-Fi é mais silencioso e a percepção dos contrastes sonoros é diferenciado. Já o ambiente Low-Fi, onde pode ser exemplificado como a paisagem sonora de uma cidade os sons, mais densos, se fundem transformando uma massa sonora indefinida, um ostinato, zumbido constante onde passamos despercebidos em muitas situações.
A música educa e sua essência todos os sentidos corpóreos trazendo uma organização psicomotora, o que é elemento fundamental para qualquer processo educativo. Na modernidade o ambiente sonoro é fortemente modificado e criado pelo homem, da mesma forma que altera outras áreas de produção, mas é necessário um re-pensar sobre a educação dos sentidos tem tema a funcionalidade de desenvolver uma consciência sonora geral, modificando a relação da sociedade como o a paisagem sonora que produz, e possibilitando a relação entre a escuta e a produção tecnológica.

Referências Bibliográficas:


Schaffer, Murray, A AFINAÇÂO DO MUNDO, São Paulo – SP, UNESP, 2001
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