Prof. Michel Vicentine - Educador Musical

Insira o html do blog Michel Vicentine em seu blog

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Aspectos da composição e improviso musical: Peculiaridades aplicativas entre espaços de educação musical.

Resumo:

O presente trabalho visa fazer uma análise comparativa e/ou dicotômica sobre os aspectos da composição e improviso musical em espaços de aplicação do processo de ensino aprendizagem musical. Como linha de pesquisa para esta reflexão utilizamos a observação sobre práticas pedagógicas do Projeto Guri no curso de Canto Coral, nos polos de Mairinque e Piedade e do Programa Cultural Arte nas Escolas, polo EMEF Jorge Amado em Araçariguama – SP. Iniciamos nosso embasamento filosófico na aquisição de escuta em um olhar sistemático sobre a tricotomia da percepção auditiva e conceitualizamos a improvisação e a criação musical sobre o olhar do educador musical Keith Swanwick e outros educadores da segunda geração dos chamados métodos ativos.


Palavras Chave:

Educação Musical, improvisação, composição, escuta ativa.

Introdução:

A presente pesquisa situa-se no campo da escuta ativa, criação e improvisação musical, conceitos que se enquadram em um macro conceito, que podemos denominar como Criatividade Musical. Esta temática é ponto emergente no olhar da Educação Musical contemporânea, tendo destaque em diversas pesquisas na área no século XX e intensificando a importância do seu papel no século XXI. “No atual momento, a criatividade vem conquistando um lugar privilegiado nos discursos pedagógicos e nas pesquisas voltadas ao estudo da educação musical” (Caspurro, 1999, apud, ROJAS E BRITO, 2011, p.526).
O trabalho se concretiza sobre duas perspectivas, a primeira fundamenta a escuta ativa como princípio para a aquisição de mecanismo para atos de criação e composição musical, tendo em vista a perspectiva dos educadores da segunda geração dos métodos ativos. A segunda perspectiva se efetiva na observação e reflexão temática sobre os atos letivos de dois projetos. O primeiro denominado Projeto Guri (AAPG¹) é um projeto que atende crianças e adolescentes de 06 à 18 anos de idade, oferecendo ensino instrumental com excelência em período contrário ao regular. O olhar foi realizado nas práticas pedagógicas do curso de canto coral, nos polos de Mairinque e Piedade – SP. O segundo projeto, denominado como Programa Cultural Arte nas Escolas Araçariguama – SP atende crianças do Ensino Fundamental das escolas da rede municipal de ensino. O ato de observação e reflexão ocorreu no polo da Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Jorge Amado, no bairro Jardim Brasil, em Araçariguama – SP. O Programa Cultural Arte nas Escolas Araçariguama – SP atua também no período contrário ao regular, mas utilizando o espaço e alunos do período regular, em uma tentativa do governo municipal em integralizar a permanência dos estudantes.

A escuta ativa:

Apesar de estarmos enquadrados como indivíduos visuais, estamos sempre expostos a uma multiplicidade de estímulos e contrastes sonoros que se alteram em decorrência de nosso recorte geopolítico. Cada localidade e situação possuem características específicas dentro da proposta da escuta como ato físico e cognitivo. Uma paisagem sonora de um sítio no interior do estado de São Paulo possui características marcantes que dão a identidade sonora neste ambiente. Se compararmos o referido ambiente à massa sonora de um grande centro urbano, encontraremos zonas de consonância ou dissonância entre os dois recortes, mas cada espaço possui sua característica sonora peculiar.
Geralmente, os indivíduos presentes nestes espaços, passam tempo sem realizar uma ligação entre o som escutado e o processo cognitivo de comparação e seleção das sonoridades. Esta realidade traz a tona pela maior importância, ou ato atrativo, ao sentido visual. Podemos dizer que a audição se enquadra em um sentido secundário, considerando a grande massa populacional. Pensando especificamente na educação o ato de uma escuta reflexiva passa despercebido pelos alunos, sendo que os indivíduos se torna passivo ao universo sonoro que o circunda. O processo auditivo é fundamental para que haja concretização do ensino aprendizagem musical, sendo que o papel do educador é encontrar pontos de consonância entre a música e a educação, partilhando do aprender a ouvir, como eixo vertebrador de um processo musicalizador.

A preocupação do educador musical deve ser primeiramente a de encontrar aspectos comuns entre Música e Educação Musical, para poder ajudar o indivíduo a ser mais ativo no relacionamento com a música e encontrar respostas positivas nas experiências voltadas a ela. Para o autor, conhecer música não corresponde a somente ouvi-la, e sim, o seu pleno envolvimento através da escuta. (SWANWICK, 1979, apud, ROJAS e BRITO, 2011, p. 527).

A educação musical utilizaria desta correção de trajeto humano para proporcionar um mecanismo de escuta reflexiva ou escuta ativa. A escuta ativa é a essência para o desenvolvimento de uma educação musical de qualidade. O aprender a ouvir consiste em desenvolver ferramentas perceptivas para a interpretação, seleção e comparação dos recursos auditivos para transformá-los em recursos nos atos de composição e improvisação.
Como modelo de perspectiva de escuta e embasamento da observação da corrente pesquisa utilizamos o modelo tricotômico de Fornari (2010, p.10-12). O primeiro eixo deste modelo, denominado de percepção, consiste no processo de escuta físico. A percepção é a ligação do fenômeno auditivo com sua chegada até os mecanismos de captação humana.

A percepção musical inicia-se pela audição humana, que trata da captação simultânea pelos dois ouvidos do sinal acústico; as sucessivas ondas de oscilação aproximadamente periódica de compressão e expansão do meio elástico, que é normalmente o ar (ainda que ouçamos em outros meios materiais, tais como embaixo da água, através de objetos sólidos, como paredes, etc.). (FORNARI, 2010, p.12 – 13)

O ato cognitivo é o segundo eixo do modelo tricotômico. A cognição é o espaço onde o som, ora captado pela percepção e transformado em impulsos elétricos, é interpretado, classificado e selecionado. O ato de escuta cognitiva é a reflexão dos processos sonoros mentais, estabelecidos em um gama temporal suficiente para que ocorra sua fixação na memória. Esta reflexão traz os devidos significados para as sonoridades contextualizando todos os fenômenos sonoros. Segundo Willians (1997) e Poidevin (2000) este espaço de zona temporal “Varia de indivíduo para indivíduo bem como pela modalidade da informação sonora, se esta é ambiental, linguística ou musical, mas é considerada como tendo cerca de 1 a 3 segundos de duração, o que é relacionado à memória de curta-duração” (WILLIANS, 1997, POIDEVIN, 2000 apud, FORNARI, 2010, p.11).
Já o terceiro eixo da tricotomia é relacionado ao pós-cognição, ato chamado de afetivo. O afeto é a evocação da emoção na perspectiva do discurso de expectativas. Existe uma diferenciação entre a emoção, que possui uma ligação ainda cognitiva e o afeto. O lado afetivo trás uma ligação com o ato perceptivo e o cognitivo, já a emoção são a fenômenos constatados, mas não evocados na mente do ouvinte.

Aspectos afetivos agem em intervalos de tempo maiores, onde se tem a influência da memória de longa duração, mais especificamente, da memória declarativa e procedural; que nos permite voluntariamente lembrar de fatos e passagens, objetos e movimentos. Esta é relacionada à evocação de emoções através da escuta e, na música, com o reconhecimento do estilo da performance do interprete ou com o gênero da música. (FORNARI, 2010, p.11)

O processo tricotômico de Fornari pode ser compreendido como a base estrutural para a construção de uma escuta ativa. Na educação musical, a escuta ativa deve ser primeiramente mediada pelo educador a fim de mostrar ao discente um novo caminho para um escuta consciente e reflexiva, base para toda a construção musical e os processos de improvisação e composição. Esta mediação e intervenção encerra no momento em que o aluno consegue criticamente elencar criticamente e criteriosamente os fenômenos sonoros que ocorrem em seu recorte geopolítico,

Improvisação e Composição no processo de ensino aprendizagem musical:

A criatividade no processo educativo é uma temática que sofreu up grade no campo de pesquisa nos últimos anos. Esta perspectiva também se concretiza no campo epistemológico na educação musical. A inserção da criatividade e dos subgrupos da improvisação, composição e re-leitura musical é encontrada intensamente na filosofia dos educadores ativos da “segunda geração” que floresceu na Europa e na América do norte a partir da década de 1950.
Esta chamada “segunda geração” coincide com a explosão dos movimentos de música concreta, a música eletrônica e a chamada música de vanguarda que traziam o som como a matéria prima para manipulação e transformação. Pensando especificamente na educação musical, tanto na Europa quanto na América do Norte a educação musical ganhou um salto quantitativo e qualitativo, pois estudos anteriores conduzem a um melhor entendimento do ser humano e das facilidades de assimilação de conceitos básicos e introdução do discente à vivência musical.

Os educadores musicais deste período alinham-se às propostas da música nova e buscam incorporar à prática da educação musical nas escolas os mesmos procedimentos dos compositores de vanguarda, privilegiando a criação, a escuta ativa, a ênfase no som e suas características, e evitando a reprodução vocal e instrumental do que denominam “música do passado” (FONTERRADA, 2003, p. 165)

A composição e improvisação são aspectos essências para a educação musical e sua inserção a qualquer prática pedagógica pode ser caracterizada como conceito e conteúdo interdisciplinar. A interdisciplinaridade proporciona que a educação musical não poderia saia de um aspecto fragmentado de uma educação não contextualizada, e sim ela visaria uma ligação interdisciplinar em essência humana. Uma educação humanitária, interdisciplinar e criativa pode ser compreendida como uma postura interessante e saudável para um novo olhar da educação. Koelreutter cita a educação como um dos maiores problemas de nosso país, por isto um investimento em uma educação contextualizada e humanizadora pode ser um ponto de escape para outros problemas latentes. Em sua maneira de trabalho e discursos, Koelreutter cita que o ato e planejamento docente sempre parte do aluno: Dele para o educador e não o oposto. Refletindo sobre este ponto podemos verificar que a multiplicidade de informações sobre diversos mecanismos culturais pode propiciar o indivíduo subsídios para o entendimento de seu próprio recorte cultural. O repertório de possibilidades comparativas é fator determinante para diversas modalidades do processo de ensino aprendizagem em uma visão a todas as possibilidades da criatividade na educação musical. (KARTER, s/d, p.1-15)
Os conceitos de improvisação e criação devem ser abordados como eixos fundamentais em todas manifestação da educação musical pois são fundamentais a qualquer exposição conceitual. O improviso e a composição podem partir de qualquer formação e recorte cultural, pois o ser humano possuí em seu repertório sonoro diversas possibilidades de comparação, re-leitura e criação de novos mecanismo do fazer musical.

Pragmatismo da questão: reflexão e análise sobre projetos de educação musical:

Como ponto fundamental da pesquisa relatamos a observação e reflexão das práticas docentes no período de 03 de março de a 08 de novembro de 2011 no Projeto Guri (AAPG) polos Mairinque e Piedade e Programa Cultural Arte nas Escolas Araçariguama – SP. Para início deste relato, vamos expor algumas observações para embasamento e ato pragmático no referencial teórico já abordado neste trabalho.
Iniciamos com o Programa Cultural Arte nas Escolas Araçariguama – SP, projeto mantido pela Secretaria Municipal de Cultural com parceria com a Secretaria Municipal de Educação no município de Araçariguama – SP. O projeto atende cinco escolas do munícipio levando oficinas de Canto Coral, Flauta Doce, Violão, Orff Schulwerk, Piano e Teclado, mas para este ato, vamos atribuir a observação das oficinas de Canto Coral e Orff Schulwerk realizadas no polo da Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Jorge Amado.
A Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Jorge Amado está localizada no maior e mais populoso bairro do município de Araçariguama – SP. O bairro possuí aproximadamente sete mil habitantes, sendo formado, na década de 90, por um plano de expansão e doação de terras com o objetivo acolher operários do campo industrial no município. A referida instituição disponibiliza para as oficinas do projeto a sala do laboratório de informática, que além de acolhe atividades musicais atua como centro de pesquisa e prática de assuntos relacionados à tecnologia. A sala possui 30m2 e é ocupada por quatro bancadas com vinte computadores. Quando ocorrem as aulas de música, as bancadas são afastadas para aumentar o espaço e são inseridas cadeiras para acomodar os participantes. Ao lado da sala, existe um depósito dos instrumentos utilizados nas aulas do projeto e também nas aulas de educação musica. Ao todo a escola disponibiliza 10 violões de nylon, 2 xilofones soprano, 1 metalofone soprano, 2 xilofones contralto, 1 metalofone contralto, 1 xilofone baixo, 1 metalofone baixo, 30 flautas doce soprano germânica, 10 estantes desmontáveis de partitura e um piano digital.
O grupo observado é hibrido e multiseriado, contemplando 15 alunos do Ensino Fundamental I (1º à 5º ano) de 06 a 10 anos de idade. De acordo com pesquisa sócio-econômica disponibilizada pela secretaria da escola, todos os alunos que participam da inserção curricular estão na faixa, pensando na convenção popular para esta especificação, C e D. A renda, em sua grande maioria não ultrapassa a faixa de 2 salários mínimos por família. Todos possuem aparelhos televisivos em suas residências e apenas 15% do referido grupo tem acesso a internet.
Em observação realizada podemos refletir sobre a atuação do educador responsável e a inserção de atividades que visem atribuição dos aspectos da criação musical. Toda vez que o educador responsável trazia atividades que contemplassem processos de criação e improvisação os alunos se mostravam mais motivados em realizar as atividades. Durante a observação o educador responsável pela condução das aulas inseriu na rotina diária atividades que contemplassem criação e improvisação.
O resultado de aquisição do conhecimento musical via canal de criação e improvisação é notório. Em uma aula de Orff Schulwerk, o educador inseriu a leitura musical informal de três notas, e a partir das três notas solicitou que os alunos criassem composições. O resultado foi muito impressionante, pois com três notas da escala diatônica os alunos demonstraram composições interessantes e impressionantes. Sobre esta perspectiva podemos afirmar que o processo criativo pode ser inserido desde a primeira infância e durante qualquer nível de exposição formalizada ao processo de ensino aprendizagem musical.
Um ponto essencial para que o processo criativo ocorre-se foi a postura docente. Na construção de sua prática pedagógica o educador responsável rompeu o paradigma obscuro da composição e da criação. Este rompimento de deu devido a postura motivacional e a ludicidade aplicada nas aulas.

A ação pedagógica do professor em sala de aula é uma das chaves, se não for o elemento central, para que a aprendizagem criativa ocorra. Nessa perspectiva, é fundamental compreender a natureza do ensino criativo como aprendizagem relevante e significativa para os alunos. (Jeffrey e Woods, 2009, apud BEINEKE, 2011, p. 563)


A relevância das atividades foi refletida e tomada como ponto essencial pelo educador durante a observação. Em outra atividade o educador sugeriu para que os discentes improvisassem explorando os sons corporais na música “Cio da Terra” de Chico Buarque de Holanda e Milton Nascimento. A cada inserção do fraseado, os alunos tinham que construir e improvisar sons que se apropriassem da construção poética. Em observação e reflexão, construímos o benefício desta atividade para a aquisição de diversos conceitos, até mesmo interdisciplinares. Todas as ações de respeitabilidade, de escuta ao próximo e mecanismos pontuais de convivência social, performance e aquisição de linguagem musical foram efetivados notoriamente.
A observação e reflexão nas aulas de canto coral do Projeto Guri tiveram o mesmo olhar perceptivo sobre a importância da exploração da criatividade no campo musical. Com mais de 51 mil alunos distribuídos por todo o Estado de São Paulo, o Projeto Guri é considerado o maior programa sociocultural brasileiro. Desde 1995, oferece continuamente, nos períodos de contra-turno escolar, cursos de iniciação e teoria musical, coral e instrumentos de cordas, madeiras, sopro e percussão. É a principal ação coordenada pela Associação Amigos do Projeto Guri (AAPG), cuja missão é promover, com excelência, a educação musical e a prática coletiva de música, tendo em vista o desenvolvimento humano de gerações em formação.
Nos polos de Mairique e Piedade – SP, o educador responsável atribui em sua prática pedagógica diversos mecanismos para a inserção do ato criativo. Como incentivo a pesquisa sobre a identidade cultural de cada local, atribuindo ao processo de entendimento e junção de recortes culturais, o educador sugeriu a construção de uma peça que marcasse uma viajem à música brasileira e suas origens. Os alunos construíram uma peça, após a escuta ativa de diversos recortes sonoro, disponibilizados no próprio acervo do projeto, e mediados pelo educador construíram o arranjo, ordem de execução e todas as cenas performáticas. O resultado foi a composição da peça “Miscelânia Vanguardiosa – Recortes Sonoros”. um aglutinamento de vertentes musicais que compõem a multiplicidade de sonoridades de nossa formação etnomusicológica. Toda a sua construção seguiu, de forma não linear, o caminho de nossa identidade sonora. A primeira peça “Trem das onze” do compositor Adoniram Barbosa serviu de ponto inicial sobre o partir do trem em uma viajem além da especificidade do estudo do samba paulista e sua influência na formação musical nacional. O samba paulista de Adoniram é de fato uma das mais importantes manifestações musicais nacionais, sua maneira de compor e sua postura enquanto poeta, cidadão e crítico social são fundamentais em análise e contraponto aos parâmetros de escuta midiática atuais. A inserção da peça “Cio da terra” marca o início de nossa viajem com o “Trem das Onze” pelo nosso país. Em Minas Gerais, conhecemos os compositores do Clube da Esquina e todas as possibilidades sonoras deste recorte cultural. De Minas Gerais, o trem segue para as “Cirandas” do estado de Pernambuco. Esta manifestação folclórica é mundialmente reconhecida pelo seu valor de agrupamento social e partilha de sons e movimentos. Do Nordeste brasileiro, seguimos viajem para o Norte do país, para entrar em contato com o “Carimbó”, ritmo característico do estado do Pará. O Carimbó, extraordinária manifestação de criatividade artística do povo paraense foi criada pelos índios Tupinambá que, segundo os historiadores, eram dotados de um senso artístico invulgar, chegando a ser considerados, nas tribos, como verdadeiros semideuses.
Inicialmente, segundo tudo indica, a "Dança do Carimbó" era apresentada num andamento monótono, como acontece com a grande maioria das danças indígenas. Quando os escravos africanos tomaram contato com essa manifestação artística dos Tupinambá começaram a aperfeiçoar a dança, iniciando pelo andamento que , de monótono, passou a vibrar como uma espécie de variante do batuque africano. Seguindo com nossa viajem, descemos para o Centro Oeste Brasileiro, e por que não dizer também Sudeste e Sul, para inserir o recorte cultural Catira. O Catira, dança de origem indígena, negra e portuguesa, tem uma forte ligação com a identidade cultural dos municípios onde as peças foram aplicadas. Piedade e Mairinque são berços e loco de preservação desta dança no estado. Para encerrar nossa viajem, voltamos em nossa essência buscando nossas em nossa origem uma vertente para a construção de nossa identidade cultural. Syahamba é uma música do folclore Zulu que retrata a fé e a tradição musical da maior tribo africana, presente em grande parte do continente.
Todo este processo de construção foi concretizado em aproximadamente sete meses de trabalho intenso e mediações. O resultado motivacional foi intenso, pois os discentes se apropriaram da assinatura da obra em toda a construção. Podemos inferir que o processo criativo pode ser apresentado de diversas maneiras, mas em todos, os benefícios ao educando musical são notórios e efetivos. O engajamento afetivo e o comprometimento e carinho com a obra revelam um ambiente de aprendizagem colaborativo, onde os discentes sente segurança para expressar suas ideias e sentimento. Ponto que podem ser efetivados pela postura docente na valorização e respeito por cada criação ou sugestão.

Considerações Finais:

Todo processo de criação no ato educativo musical traz uma perspectiva interdisciplinar de benefícios. Podemos relacionar os atos de criação com os aspectos motivacionais e a quebra dos paradigmas para a composição. A modificação no olhar sobre esta perspectiva abre uma lacuna para que o educador possa instigar o docente a aplicar este potencial em outras áreas do conhecimento. Esta abrangência interdisciplinar pode contribuir para que o aluno construa uma autonomia para aprender, possibilitando aos discentes ferramentas de criticidade e comparação.
Para efetivação deste ato é importante que o docente insira ludicamente ao processo a assimilação da escuta ativa, para que o aluno amplie o repertório de recortes e paisagens sonoras e assim interprete, classifique e criteriosamente e criticamente crie novas possibilidades do fazer musical.
Com base nas experiências de reflexão e observação dos projetos expostos no texto, podemos inferir que as experiências com as atividades de criação, improvisação e arranjo, aliados aos conteúdos teóricos, estabelecem análises qualitativas a todo processo de transformação das condutas musicais.


Referências Bibliográficas:
ANTUNES, Celso. Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências. 11. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998
BEINEKE, Viviane, Dimensões do ensino criativo em atividades de composição musical na escola básica, in XXI Congresso da ANPPOM, Uberlândia, Agosto de 2011, ISSN 1983-5973

BELLOCHIO, Cláudia Ribeiro. Som e Silêncio: O Espaço Pedagógico da Educação Musical no Cotidiano Escolar. (Anais do III Seminário Internacional de Alfabetização e I Colóquio de Educação no Mercosul) Frederico Wewstphalen: Editora da URI, 1996.

BEYER, Esther. Idéias para educação musical. Porto Alegre: Mediação, 1999
FONTERRADA, Marisa Trench de Oliveira. De tramas e fios: um ensaio sobre música e educação. 2. Ed. São Paulo: Unesp; Rio de Janeiro: Funarte, 2003.
FORNARI, José, Percepção, Cognição e Afeto, in Criação Musical e Tecnologias: teoria e prática interdisciplinar, in Séries Pesquisa Musical no Brasil, v.2, Urbelandia, ANPPOM, 2010

KATER, Carlos, Entrevista com H.E Koellreutter, in http://ead.sead.ufscar.br/file.php/940/Material_Didatico/Texto_5_-_ENTREVISTA_-_Encontro_com_HJK_-_CK_-_CEEM_6_-_1996.pdf, acesso em 10 de novembro de 2011

ROJAS, Rodrigo Augusto Baéz, BRITO, Maria Tereza Alencar de, Improvisação na Educação Musical: Fundamentações teóricas e implicações na transformação da percepção in XXI Congresso da ANPPOM, Uberlândia, Agosto de 2011, ISSN 1983-5973
SCHAFER, Murray. O ouvido pensante. São Paulo, Unesp, 1991.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

“O papel da educação musical na melhoria do ambiente sonoro.” Paisagens Low-fi e Hi-fi





Quando relacionamos os sentidos sobre o aspecto de exposição e captação em uma perspectiva de análise sobre a maneira de vida moderna entendemos que a visão ocupa papel de destaque entre os sentidos. A audição fica em segundo plano, onde uma paisagem sonora densa em ostinatos constantes distancia nosso entendimento e análise sobre o espaço sonoro em que estamos inseridos.
A percepção sonora traz como capacidade a multidirecionalidade, o que a visão não é capaz de produzir. A presença corporal em um determinado espaço é fortemente influenciada pela apreensão da sonoridade que o envolve, sendo envolvido de forma mais imediata do que a percepção visual. A percepção sonora é capaz de produzir, além de seus atributos relacionados à escuta através dos mecanismos tradicionais, a perspectiva de percepção tátil, onde somos atingidos e modificados através das ondas da produção sonora, assim, a percepção que temos de um determinado espaço está intimamente e diretamente ligada ao ambiente sonoro que nos envolve em determinado instante.
A educação musical deve avaliar as condições de nossos espaços sonoros em uma busca constante pela compreensão da relação presente entre a produção sonora, o som e o silêncio. Em muitas culturas tradicionais o silêncio é percebido como complemento do som, sem o qual não existiria. Se analisarmos pela perspectiva dos centros urbanizados, a percepção e produção do silencio é quase nula, o que pode prejudicar nossa saúde fisiológica e psicológica. Para um real entendimento sobre os aspectos de produção sonora e silencia, podemos em ato de análise inserir um corpo perceptível em dois espaços sonoros diferentes: O ambiente Low-fi e o Hi-fi. Segundo Murray Schafer, um educador musical canadense, a paisagem sonora do campo, o ambiente Hi-Fi é mais silencioso e a percepção dos contrastes sonoros é diferenciado. Já o ambiente Low-Fi, onde pode ser exemplificado como a paisagem sonora de uma cidade os sons, mais densos, se fundem transformando uma massa sonora indefinida, um ostinato, zumbido constante onde passamos despercebidos em muitas situações.
A música educa e sua essência todos os sentidos corpóreos trazendo uma organização psicomotora, o que é elemento fundamental para qualquer processo educativo. Na modernidade o ambiente sonoro é fortemente modificado e criado pelo homem, da mesma forma que altera outras áreas de produção, mas é necessário um re-pensar sobre a educação dos sentidos tem tema a funcionalidade de desenvolver uma consciência sonora geral, modificando a relação da sociedade como o a paisagem sonora que produz, e possibilitando a relação entre a escuta e a produção tecnológica.

Referências Bibliográficas:


Schaffer, Murray, A AFINAÇÂO DO MUNDO, São Paulo – SP, UNESP, 2001

“O papel da educação musical na melhoria do ambiente sonoro.”
Paisagens Low-fi e Hi-fi


Quando relacionamos os sentidos sobre o aspecto de exposição e captação em uma perspectiva de análise sobre a maneira de vida moderna entendemos que a visão ocupa papel de destaque entre os sentidos. A audição fica em segundo plano, onde uma paisagem sonora densa em ostinatos constantes distancia nosso entendimento e análise sobre o espaço sonoro em que estamos inseridos.
A percepção sonora traz como capacidade a multidirecionalidade, o que a visão não é capaz de produzir. A presença corporal em um determinado espaço é fortemente influenciada pela apreensão da sonoridade que o envolve, sendo envolvido de forma mais imediata do que a percepção visual. A percepção sonora é capaz de produzir, além de seus atributos relacionados à escuta através dos mecanismos tradicionais, a perspectiva de percepção tátil, onde somos atingidos e modificados através das ondas da produção sonora, assim, a percepção que temos de um determinado espaço está intimamente e diretamente ligada ao ambiente sonoro que nos envolve em determinado instante.
A educação musical deve avaliar as condições de nossos espaços sonoros em uma busca constante pela compreensão da relação presente entre a produção sonora, o som e o silêncio. Em muitas culturas tradicionais o silêncio é percebido como complemento do som, sem o qual não existiria. Se analisarmos pela perspectiva dos centros urbanizados, a percepção e produção do silencio é quase nula, o que pode prejudicar nossa saúde fisiológica e psicológica. Para um real entendimento sobre os aspectos de produção sonora e silencia, podemos em ato de análise inserir um corpo perceptível em dois espaços sonoros diferentes: O ambiente Low-fi e o Hi-fi. Segundo Murray Schafer, um educador musical canadense, a paisagem sonora do campo, o ambiente Hi-Fi é mais silencioso e a percepção dos contrastes sonoros é diferenciado. Já o ambiente Low-Fi, onde pode ser exemplificado como a paisagem sonora de uma cidade os sons, mais densos, se fundem transformando uma massa sonora indefinida, um ostinato, zumbido constante onde passamos despercebidos em muitas situações.
A música educa e sua essência todos os sentidos corpóreos trazendo uma organização psicomotora, o que é elemento fundamental para qualquer processo educativo. Na modernidade o ambiente sonoro é fortemente modificado e criado pelo homem, da mesma forma que altera outras áreas de produção, mas é necessário um re-pensar sobre a educação dos sentidos tem tema a funcionalidade de desenvolver uma consciência sonora geral, modificando a relação da sociedade como o a paisagem sonora que produz, e possibilitando a relação entre a escuta e a produção tecnológica.

Referências Bibliográficas:


Schaffer, Murray, A AFINAÇÂO DO MUNDO, São Paulo – SP, UNESP, 2001

terça-feira, 31 de maio de 2011

I Encontro de Corais de Araçariguama - SP - Bravo, Bravíssimo



A Prefeitura de Araçariguama, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo, realizou no Ginásio de Esportes na sexta-feira (27), o 1º Encontro de Corais no município, que foi um sucesso.

O local foi amplamente preparado e estruturado para receber o evento, que teve como objetivo reunir corais para promover o intercâmbio cultural, difundir o canto coral, trocar experiências e incentivar o gosto musical. Contou com a participação dos alunos do Programa Cultural Arte nas Escolas (Araçariguama), Projeto Guri (Piedade/São Roque/Mairinque), Melhor Idade (Araçariguama), Clube da Melhor Idade (Mairinque), Vozes da Serra (Araçoiaba), Conversa Afinada (Alumínio), Coro Municipal (Mairinque), Etem`Itália (Salto) e Coro Municipal (Araçariguama). Vale ressaltar que o evento marcou o lançamento oficial do Coral de Araçariguama.

O prefeito Roque Hoffmann e a primeira dama e secretária de Assistência Social, Vanilse Cristina de Freitas, fizeram questão de abrir o evento e receber os convidados. “É uma satisfação muito grande realizar esse evento em nosso município. Tenho certeza que essa noite será inesquecível, sejam todos bem vindos”, disse Roque.

Na ocasião também estiveram presentes o secretário de Cultura e Turismo, Vandenei Dogado (Professor Vandi), a secretária de Educação, Maria Ignês de Mello, a diretora de Cultura, Elaine Sanz e o coordenador do Programa Cultural Arte nas Escolas, Michel Vicentine Martins. “A interação é um mecanismo importante para consolidar esta faceta tão importante que se funde na manifestação cultural, artística e social. São elementos estruturais na busca por um país musicalizado. Pretendemos que o evento ocorra duas vezes por ano, uma em nossa cidade e outra em um município convidado”, explicou Vandi
Fonte
http://metropole.agenciaimpacto.com/regiao/regioes/aracariguama/item/2395-1%C2%BA-encontro-de-corais-em-ara%C3%A7ariguama-%C3%A9-sucesso.html

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Analise sobre a perspectiva pela qual o negro simboliza o povo brasileiro no filme Rio, Zona Norte de Nelson Pereira dos Santos

O filme Rio, Zona Norte (1957) de Nelson Pereira dos Santos narra a trajetória do músico afro-descendente Espírito da Luz (Grande Otelo) e traça como cenário a zona periférica pobre do Rio de Janeiro – RJ. Toda construção simbólica do filme traz como ponto essencial os conflitos sociais e a representatividade do papel do compositor Espírito da Luz sobre as classes sociais mais pobres do Brasil em meados do século XX.
A caracterização do personagem de Espírito se da à cerca das reações sobre o mundo que o entorna e sua ingenuidade. Um ponto notório é a perspectiva do personagem enquanto representante da cultura popular, mas em cima de um aspecto poético de pureza e honestidade. Compreendendo em sentido lato, podemos notar que as características de Espírito se fundem no olhar antropológico da população brasileira pobre no início do século XX. Este olhar fica mais explícito pelo fato do personagem ser afro-descendente e morar na zona norte da capital do estado do Rio de Janeiro.
Reforçando esta olhar, ligamos ao dualismo de amizades que Espírito encontra tentando vender sua arte. O primeiro Moacir (Paulo Goulart) violinista e músico erudito se traduz socialmente como culturalmente e intelectualmente erudito, mas com traços de personalidade voltado para o bem. Já o segundo Mauricio (Jece Valadão) músico de ordem popular, assim como Espírito, mas portando como essência outra classe social e se atribuindo de fatores como o aproveitamento e abuso da inocência de Espírito.
Podemos encontra traços de violência e fragilidade de uma vida na periferia carioca na morte na morte de Dorival, filho de Espírito. Em uma analise social podemos inferir que a morte de Dorival, que se traduz em tristeza pelo personagem principal, tem seu significado diluído em meio à saturação de problemas vivenciados pelo povo latente desta realidade. Até mesmo a tristeza do personagem Espírito, certa hora é traduzida com conformismo, certo como algo rotineiro e normal. Por este ponto podemos notar que este sentimento desesperança de Espírito da Luz atenua a fragilidade e muitas vezes conformismo das classes humildes brasileiras.
Ligando o filme com a história urbanística da cidade do Rio de Janeiro, podemos contemplar que a formação das favelas após a tentativa de reforma e “higienação” urbana da cidade. Grandes cortiços, entre eles o maior “Cabeça de Porco”, representavam um perigo extremo para as classes sociais elevadas. Com a derrubada do cortiço, seus moradores, em sua grande maioria negros recém “libertos”, pegam os restos de suas antigas moradias e ocupam os morros que circundam a cidade. Nos morros, que eram cheio de plantas favas, surgem os favelados. Assim a formação do ambiente pelo qual Espírito se encontra se traduz em um foco submisso, as classes socialmente mais altas. O olhar para os favelados, sempre se anexava a pontos negativos. O filme traça um caminho oposto ligando na sutileza e poesia da favela e do negro e da corrupção do branco (Maurício) na tentativa de forjar e lubridiar Espírito.
Podemos comparar o filme em questão para outra obra, mais recente “Narrador de Javé”, neste filme traça um paralelo interessante como o “Rio, Zona Norte”. O filme “Narradores de Javé” retrata uma cidade que seria destruída por decorrência da construção de uma barragem. É uma sátira política, sobre a dominação dos mais ricos e a falta do letramento ocasionando percas da identidade cultural.
No filme nota-se que a população perdeu seu direito de permanecer naquela cidade devido à falta de letramento, algo notório também no personagem de Espírito, que não consegue prosseguir com sua história como compositor por falta de conhecimento técnico. Em Javé se eles soubessem escrever não ficariam tão dependentes de uma só pessoa, assim como Espírito ficou de certa forma dependente de Maurício e Moacir.
O filme traz a tona o aspecto da dominação da indústria cultural, sobre as manifestações da cultura popular assim como a prepotência das classes mais ricas sobre os mais pobres. Pensando desta forma, concluímos que o personagem negro de Espírito da Luz, traça um longo sentido na análise comparativa da sociedade brasileira.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Aguardem I Festival de Inverno do Programa Cultural Arte na Escola



Aguardem... Apresentação das oficinas do Programa Cultural Arte na Escola Araça. Canto Coral, Flauta doce, dança, dança teatro, desenho artístico, violão e teatro.
Serão três dias de muita arte, cultura e entretenimento.
O programa cultural arte na escola araça atende aproximadamente 2800 crianças da rede municipal de ensino. A iniciativa da Secretaria Municipal de Cultura tem apoio da Secretaria de Educação

quarta-feira, 28 de abril de 2010

II Concurso de Bandas de Garagem - Um sucesso

Nem a chuva de sexta, nem o agito de sábado puderam tirar o brilho do domingo. Um dia pra lá de musical. Qualidade, entrosamento, visível em todas as bandas. Não importava o estilo, soul, mpb, rock... muito rock´n roll. O concurso começou com a excelente banda de São Roque, Veraneio. Músicos fabulosos, excelente apresentação de soul e mpb. A segunda banda a subir no palco da praça de Matriz foi a Volume da cidade de Itu, destaque para seu vocalista Conrado de apenas 13 anos, mas com uma voz... A Banda Trégua e Persistentes esbanjaram maturidade e musicalidade no palco, experiências que agitaram o publico presente. Já a campeã do ano passado Kolisão demonstrou uma evolução notória, não apenas em quesitos técnicos mas também em animação e empatia. As bandas Fz Rock de Guarulhos e ATMX, fizeram um show a parte, muito Hard Core, correria e skate. As duas últimas bandas que subiram no palco foram fantásticas. Blues de Garagem de Guarulhos e a Araçariguamense Lp 69. A banda de nossa cidade demonstrou o "porque" de estar entre as finalistas para o festival. Muita musicalidade e sucesso. No final as bandas receberão prêmios... mas o maior prêmio o publico levou. Muita diversão, arte e cultura.
Parabéns ao Professor Vandenei Dogado pela iniciativa do evento.
Vamos aos prêmios.

1º Kolisão
2º ATMX
3º Blues de Garagem
Destaque de Araçariguama - SP - Banda LP69

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

II Festival de Bandas de Garagem de Araçariguama - SP




Atenção aos integrantes de banda de garagem! Fiquem atentos! Nos dias 23 e 24 de abril de 2010 será realizado o 2º Concurso de Bandas de Garagem de Araçariguama. Em 2009, a primeira edição foi um grande sucesso, teve público de 5 mil pessoas e contou com a apresentação das bandas ATMX (São Paulo/Carapicuíba/Osasco); Fly HI (São Roque); Kolisão (Barueri); Life(Araçariguama); LP69 (Araçariguama); No Hearts (São Paulo); Trégua (Mairinque) e Vírtua (São Roque). As inscrições estão abertas a partir do dia 2 de março na Secretaria de Cultura, localizada na Rua Santa Cruz 23 Centro Cep-18147-000. Os prêmios serão: primeiro lugar - guitarra, baixo, bateria e um microfone/segundo lugar - guitarra e baixo/terceiro lugar - guitarra e um troféu para cada melhor desempenho na guitarra, na bateria, no baixo e no teclado. O evento ocorrerá na Praça “Albertino de Castro Prestes” no centro de Araçariguama. O concurso terá três fases: análise de áudio que deverá ser enviado antecipadamente à Secretaria de cultura, no dia 23 de abril haverá a apresentação no palco de todas as bandas aprovadas na primeira fase e no dia subsequente será realizada a grande final com as melhores bandas. De acordo com o Secretário de Cultura de Araçariguama, Vandenei Dogado, o evento tem o objetivo de divulgar o trabalho de músicos em início de carreira e motivar crianças e adolescentes a ingressarem no mundo da arte musical."QUEREMOS TORNAR ESTE EVENTO O MAIOR DE SÃO PAULO, POR ISSO ESCOLHEMOS MÚSICOS DE EXCELÊNCIA PARA SEREM JURADOS E OS CRITÉRIOS SÃO BEM RIGOROSOS".

REGULAMENTO CONCURSO DE BANDAS



1. DA FINALI DADE

O Concurso de Bandas de Garagem de Araçariguama tem a finalidade de incentivar a cultura musical em Araçariguama e toda região.



2. DA COMISSÃO ORGANI ZADORA
2.1 Os participantes do Concurso de Banda de Garagem de Araçariguama deverão obedecer às disposições contidas neste regulamento.

2.2 A Comissão julgadora será formada por professores da Casa de Cultura “Cora Coralina” e convidados com vasto conhecimento musical:

a) Dois professores da Casa de Cultura “Cora Coralina”
b) Um representante da comunidade Araçariguamense.
c) Um convidado.

2.3 Caberá à Comissão Julgadora, cumprir e fazer cumprir as regras desse Regulamento, bem como divulgar o resultado do concurso.

2.4 As decisões da Comissão Julgadora serão irrecorríveis;



3. DAS INSCRIÇÕES

3.1 As inscrições estarão abertas a partir do dia 01 de março de 2010 e finalizará dia
09 de abril de 2010.

3.2 Poderão se inscrever bandas de qualquer gênero artístico.

3.3 A participação no concurso é restrita às pessoas previamente inscritas, sendo esta
intransferível e pessoal.

3.4 Não será permitida a inclusão ou substituição de membros ou instrumentos nas
bandas, depois de efetivada a inscrição da banda no concurso.

3.5 Somente serão aceitas inscrições realizadas pessoalmente por um representante da
banda na Secretaria de Cultura de Araçariguama – Casa de Cultura “Cora Coralina”
situada a Rua Santa Cruz, 23, Centro Araçariguama – SP de segunda a sexta das 8h às 17h. *
*O candidato poderá captar a ficha de inscrição na internet e enviar junto com a mídia em sedex para o endereço citado acima.






4. DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA INSCRIÇÃO

4.1 Para se inscrever o candidato deverá apresentar:
a) xerox de carteira de identidade, CPF e comprovante de residência de todos os
componentes da banda;
b) ficha de inscrição, modelo conforme Anexo, deste Regulamento devidamente
preenchida e assinada pelo membro responsável da banda, sobe pena de ser
desconsiderada sua inscrição;
c) indicação das três músicas que serão apresentadas;
d) Mídia de áudio ou vídeo contendo as 3 músicas que serão apresentadas para pré seleção.

5. FICHA DE INSCRIÇÃO

5.1 Comissão Organizadora do concurso não se responsabilizará por erros no
preenchimento da ficha, que podem inclusive, gerar a desclassificação da banda.

6. TERMO DE AUTORIZAÇÃO
O simples ato da inscrição da banda importa, para todos os efeitos, em termo de
autorização na utilização do nome, imagem e voz das bandas.

7. DO JULGAMENTO

7.1 O corpo de jurados será composto por: 2 (dois) representantes da Professores de Música da Casa de Cultura “Cora Coralina” e 2(dois) músicos convidados

7.2 Nenhum integrante do corpo de jurados poderá ter parentesco de primeiro ou
segundo graus com qualquer componente das bandas inscritas.

8 DA SELEÇÃO
8.1 A seleção das bandas será realizada em apenas 03 (Três) etapas.
a) Análise e Seleção do Áudio enviado
b) Semi-final – 23/04 – a partir das 20h ( comparecimento 18:30h para sorteio)
c) Final – 24/02 – a partir das 20h (o sorteio da ordem acontecerá no encerramento da semi – final)
Serão aprovadas para a Semi-final 10 (dez) bandas e após a divulgação do resultado no dia 23/04 06 (seis) bandas passarão para a grande final


8.2 Serão premiados seguindo os critérios abaixo:

1º Lugar - Guitarra - Baixo - Bateria (ou um set de pratos) e Microfone + Troféu
2º Lugar - Guitarra – Baixo + Troféu
3º Lugar – Guitarra + Troféu
Destaque de Araçariguama – Guitarra + Troféu
Melhor Cantor - Troféu + Microfone
Melhor Guitarrista – Troféu
Melhor Baixista – Troféu
Melhor Baterista – Troféu
Melhor Tecladista – Troféu
Destaque Musical – Troféu
Melhor Composição - Troféu

8.3 Cada banda poderá apresentar 03 (duas) músicas, utilizando o tempo máximo de 20
(vinte) minutos por apresentação. Obedecendo os critérios abaixo.

a) Uma música de própria autoria
b) Uma música Cover Livre
c) Uma música Cover Brasileira







8.6 A ordem das bandas para apresentação e passagem de som será definida em
sorteio, feito pela organização do concurso com acompanhamento de pelo menos um
representante de cada banda, no da semifinal

8.7 A organização do evento disponibilizará uma equipe técnica, responsável pelas
instalações elétricas e acompanhamento das bandas na passagem de som.

8.8 A comissão disponibilizará Aparelhos de Som (PA e Retorno) e iluminação proporcionais ao tamanho do evento; 01 amplificador de guitarra, 01 amplificador de baixo, 01 bateria (sem caixa, pedal, pratos, pedestais de prato, pedestal do chimbal), linha para teclado, 03 microfones.

8.9 Cada banda deverá possuir uma pessoal responsável pela passagem de som e pelo acompanhamento da apresentação da banda durante o show.

8.10 A organização do evento não se responsabilizará pela qualidade técnica da apresentação das bandas que não comparecerem com seu técnico, no horário e local
informado, para a passagem de som e no show.

8.11 O júri técnico poderá aplicar penalidades às bandas que descumprirem as seguintes
regras:

a) ultrapassar o tempo máximo de apresentação;
b) não comparecer com os instrumentos musicais necessários para a
apresentação;
c) atraso igual ou superior a 07 (sete) minutos para início do show;
d) não comparecimento do representante no horário do sorteio da ordem de
apresentação e da passagem de som.

8.13 A organização do evento se reunirá ao final das apresentações para apurar o
resultado da votação dos júris técnico e popular.

8.14 A apuração será feita usando a técnica de arbitragem, isto é, a maior e menor nota
serão excluídas e, posteriormente, será feita a média das notas restantes:

8.15 A banda que apresentar a maior média, será proclamada a vencedora ainda no
local do evento;

8.16 O resultado será divulgado ao final de todas as apresentações.








9. DA PREMIAÇÃO

1º Lugar - Guitarra - Baixo - Bateria (ou um set de pratos) e Microfone + Troféu
2º Lugar - Guitarra – Baixo + Troféu
3º Lugar – Guitarra + Troféu
Destaque de Araçariguama – Guitarra + Troféu
Melhor Cantor - Troféu + Microfone
Melhor Guitarrista – Troféu
Melhor Baixista – Troféu
Melhor Baterista – Troféu
Melhor Tecladista – Troféu
Destaque Musical – Troféu
Melhor Composição – Troféu

A premiação ocorrerá no dia 24/04 no encerramento do festival

10. DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

10.1 Todos os casos não previstos neste Regulamento serão resolvidos diretamente pela
comissão organizadora do concurso.

10.2 Fica garantido o direito a livre expressão de qualquer dos concorrentes, exceto no
destrato público ao evento ou a qualquer um dos participantes, bem como à Comissão
Organizadora, à instituição e entidades ou patrocinadores e demais pessoas envolvidas
na organização do festival, caso em que ocorrerá a imediata exclusão do concorrente.

10.3 A simples inscrição da banda já pressupõe a aceitação e concordância com todos os
termos do presente Regulamento, valendo como contrato de adesão.

















FICHA DE INSCRIÇÃO



Nome da Banda:
Componentes:
1) Primeiro
Nome:_______________________________________________________________
CPF: ___________________________________RG:_________________________
Instrumento: ____________________________________
Data de nascimento: ___/___/___
Endereço: __________________________________________________________
Bairro:_________________________________
Cidade:______________________________________CEP___________________
TEL.: ___________________________Email:_______________________________
2) Segundo
Nome:_______________________________________________________________
CPF: ___________________________________RG:_________________________
Instrumento: ____________________________________
Data de nascimento: ___/___/___
Endereço:____________________________________________________________
Bairro:_________________________________
Cidade:______________________________________CEP___________________
TEL.: ___________________________Email:_______________________________
3) Terceiro
Nome:_______________________________________________________________
CPF: ___________________________________RG:_________________________
Instrumento: ____________________________________
Data de nascimento: ___/___/___
Endereço:_____________________________________________________________
Bairro:_________________________________
Cidade:______________________________________CEP___________________
TEL.: ___________________________Email:_______________________________







4) Quarto
Nome:_______________________________________________________________
CPF: ___________________________________RG:_________________________
Instrumento: ____________________________________
Data de nascimento: ___/___/___
Endereço:________________________________________________________________
Bairro:_________________________________
Cidade:______________________________________CEP___________________
TEL.: ___________________________Email:_______________________________
5) Quinto
Nome:_______________________________________________________________
CPF: ___________________________________RG:_________________________
Instrumento: ____________________________________
Data de nascimento: ___/___/___
Endereço:_______________________________________________________________
Bairro:_________________________________
Cidade:______________________________________CEP___________________
TEL.: ___________________________Email:_______________________________

2 SOBRE
AS MÚSICAS :
2.1Título(Música de própria autoria):
___________________________________________________________________
Compositor(es):
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Tempo de Duração:______________________________

2.2Título (Música Cover Livre):
_________________________________________________________________
Compositor(es):
_____________________________________________________________________
_________________________________________________________________
Tempo de Duração: _____________________________

2.3Título (Música Brasileira):
_________________________________________________________________
Compositor(es):
_____________________________________________________________________
_________________________________________________________________
Tempo de Duração: _____________________________


Declaro que estou ciente e aceito os termos do regulamento anexo a esta ficha de inscrição.
Assinatura do Responsável:
_____________________________________________________________





Data da Inscrição: _____________/___________/_____________
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...